Impact of combined hormonal contraceptives and metformin on metabolic syndrome in women with hyperandrogenic polycystic ovary syndrome and obesity: The COMET-PCOS randomized clinical trial

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```html Impacto dos Anticoncepcionais Hormonais Combinados e Metformina na Síndrome Metabólica em Mulheres com SOP Hiperandrogênica e Obesidade: O Ensaio Clínico Randomizado COMET-PCOS

Impacto dos Anticoncepcionais Hormonais Combinados e Metformina na Síndrome Metabólica em Mulheres com SOP Hiperandrogênica e Obesidade: O Ensaio Clínico Randomizado COMET-PCOS

O ensaio clínico randomizado COMET-PCOS demonstrou que anticoncepcionais orais combinados (AOC) em baixa dose, metformina ou a combinação de ambos não aumentam a prevalência de síndrome metabólica (SM) em mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP) hiperandrogênica e obesidade, desafiando práticas atuais que priorizam metformina para redução de risco cardiometabólico.[1]

Introdução e Contexto

A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma condição endócrina comum em mulheres em idade reprodutiva, caracterizada por hiperandrogenismo, oligo/anovulação e morfologia ovariana policística, frequentemente associada a obesidade e risco cardiovascular elevado. Mulheres com SOP hiperandrogênica e obesidade enfrentam dilemas no tratamento, pois os AOC de primeira linha controlam sintomas como hirsutismo e irregularidades menstruais, mas há preocupação com piora de perfis lipídicos e glicêmicos. A metformina, por sua vez, é usada para melhorar sensibilidade à insulina, mas evidências sobre seu impacto na SM – definida por critérios como circunferência da cintura (CC), triglicerídeos (TG), HDL-colesterol (HDL-C), pressão arterial (PA) e glicemia de jejum – são limitadas em populações obesas.[1][4]

O estudo COMET-PCOS, conduzido por Dokras et al., preencheu essa lacuna ao comparar esses tratamentos em um ensaio multicêntrico, duplo-cego e randomizado.[1]

Métodos do Estudo

Foram incluídas 240 mulheres com idades entre 18-40 anos, IMC de 25-48 kg/m² e SOP hiperandrogênica pelos critérios de Rotterdam. Randomizadas 1:1:1 para 24 semanas de:

  • AOC em baixa dose (20 μg de etinilestradiol/0,15 mg de desogestrel);
  • Metformina de liberação prolongada (2.000 mg);
  • Combinação dos dois (Grupo Combinado).

O desfecho primário foi a prevalência de SM ao final do estudo, analisada por intenção de tratar, ajustada por sítio, raça e SM basal. Desfechos secundários incluíram mudanças em componentes da SM e composição corporal por DXA. A adesão foi de 70,4% (169 completaram), com idade média de 29,5 anos e IMC de 35,6 kg/m² (70% brancas, 23% negras). Prevalência basal de SM: 31%, similar entre grupos.[1]

Resultados Principais

A prevalência de SM ao final foi semelhante: 28,8% no grupo AOC (17/59), 26,2% na metformina (17/65) e 28,6% no combinado (17/80), sem diferença significativa (p ajustado = 0,26).[1]

Melhorias observadas em componentes da SM:

Componente Mudança Média (IC 95%) p-valor
Circunferência da cintura -2,23 cm [-3,98, -0,49] 0,01
IMC -0,49 kg/m² [-0,88, -0,10] 0,01
Massa gorda androide (DXA) -167 g [-264, -71] <0,01

Outras melhorias incluíram redução em TG, glicemia e PA, com aumento em HDL-C. Efeitos adversos: diarreia em 64% do grupo metformina; sangramento uterino em 24,1% do AOC.[1]

Discussão e Implicações Clínicas

Contrariando a hipótese, os AOC não aumentaram a SM e gerenciaram efetivamente sintomas da SOP sem elevar risco cardiometabólico. A metformina não reduziu significativamente a prevalência de SM, questionando seu uso isolado ou combinado para esse fim em obesas com SOP.[1] Estudos prévios sugerem benefícios combinados em remissão ecográfica e sintomas, mas com maior recorrência em monoterapia AOC.[2] Limitações incluem poder estatístico reduzido para secundários e dropout de ~30%.[1]

Esses achados são baseados em evidências de ensaios randomizados, mas requerem replicação em populações diversas. Consulte guidelines como as da AE-PCOS Society para manejo individualizado.[4][8]

Conclusões

O COMET-PCOS apoia o uso de AOC em baixa dose como opção segura para SOP hiperandrogênica obesa, sem agravamento da SM. Estratégias não farmacológicas, como perda de 5-10% do peso, permanecem fundamentais.[1][7]

``` **Nota sobre citações e limitações:** Este artigo é uma síntese original baseada no resumo fornecido do estudo COMET-PCOS [1] e fontes complementares sobre SOP [2][3][4][5][6][7][8]. A medicina alternativa, como terapias de frequência ou NLS, não possui evidências robustas para SOP e não é recomendada como substituto a intervenções baseadas em ensaios clínicos. Consulte profissionais de saúde para aconselhamento personalizado, pois resultados variam individualmente.