Resumo
A introdução de mangustos provenientes do subcontinente indiano na Ilha Amami Oshima, Japão, tinha como objetivo controlar a população de cobras Habu venenosas. No entanto, esta intervenção levou a perturbações ecológicas significativas, levantando preocupações sobre a sustentabilidade a longo prazo da biodiversidade da ilha. Este estudo destaca as consequências não intencionais de tais intervenções e a necessidade de compreender as dinâmicas entre predadores e presas para preservar o equilíbrio ecológico.
Modelo Matemático
Foi proposto um modelo matemático que incorpora as interações entre cobras, mangustos, ratos e recursos naturais. Este modelo visa explorar o papel de cada espécie no desastre ecológico em curso e analisar cenários alternativos que poderiam ter sido implementados pelas autoridades em vez da estratégia já adotada. A análise inclui a determinação da existência e unicidade do modelo, a estabilidade em pontos de equilíbrio e as características das variáveis de estado.
Análise de Sensibilidade
Além disso, foi realizada uma análise de sensibilidade para identificar os fatores mais sensíveis que influenciam o modelo. As simulações numéricas foram executadas utilizando o método de Runge-Kutta de quarta ordem, permitindo uma exploração mais profunda das dinâmicas entre as espécies.
Resultados e Recomendações
A pesquisa revelou que, embora o governo tenha iniciado a captura e eliminação de mangustos quase 20 anos após a sua introdução, se a captura tivesse começado apenas 10 anos após a introdução, o resultado poderia ter sido drasticamente diferente. Nesta situação, os mangustos não teriam sido extintos, e a sua coexistência com outras espécies nativas poderia ter ajudado a preservar o equilíbrio ecológico e a prevenir os danos ecológicos severos que estão atualmente a ser observados. Assim, recomenda-se a utilização de modelagem matemática para explorar alternativas antes da tomada de decisões, garantindo uma gestão sustentável dos ecossistemas e prevenindo impactos irreversíveis de espécies invasoras.