The association between implant design, age, sex and the rate of major reoperation in patients undergoing primary total hip replacement: A retrospective study of UK National Joint Registry and Hospital Episodes Statistics data

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```html A Associação entre Design do Implante, Idade, Sexo e Taxa de Reoperação Maior em Artroplastia Total de Quadril Primária: Estudo Retrospectivo com Dados do Registro Nacional de Articulações do Reino Unido e Estatísticas de Episódios Hospitalares

A Associação entre Design do Implante, Idade, Sexo e Taxa de Reoperação Maior em Pacientes Submetidos a Artroplastia Total de Quadril Primária: Um Estudo Retrospectivo com Dados do Registro Nacional de Articulações do Reino Unido e Estatísticas de Episódios Hospitalares

Introdução e Contexto

A artroplastia total de quadril (ATH) é um procedimento cirúrgico altamente eficaz para aliviar dor e restaurar mobilidade em pacientes com osteoartrite avançada ou outras condições degenerativas do quadril. No entanto, complicações pós-operatórias, como revisões de implantes e fraturas periprotéticas femorais pós-operatórias (FPFPPO), podem comprometer os resultados a longo prazo. Estudos tradicionais focam apenas em taxas de revisão de implantes, subestimando reoperações maiores que incluem fixações de fraturas sem remoção do implante, o que afeta estimativas de desempenho de próteses e orientações clínicas.[1][2]

Métodos do Estudo

Realizado por Josh N. Lamb e colaboradores, este estudo de coorte retrospectivo utilizou dados do National Joint Registry (NJR) do Reino Unido, ligado às Estatísticas de Episódios Hospitalares (HES). Incluiu todas as ATH primárias linkáveis realizadas entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2020, com implantes recentes de maior classificação de segurança. A reoperação maior foi definida como a primeira revisão por qualquer causa ou fixação de FPFPPO, identificada por códigos de procedimentos e diagnósticos. Foram analisados 372.967 procedimentos ATH, representando 2.127.464 anos-prótese em risco, com mediana de seguimento de 5,39 anos (faixa: 0 a 12,1 anos).[1][5][6]

Resultados Principais

Foram identificadas 8.043 reoperações tratadas cirurgicamente. A incidência cumulativa de reoperação maior foi de 3,78% (IC 95%: 3,70%-3,86%) por 1.000 anos-prótese, superior aos 3,00% (IC 95%: 2,93%-3,07%) observados apenas com métricas de revisão convencional. Aos 10 anos, a incidência cumulativa atingiu 3,1% (IC 95%: 3,0%-3,1%).

As estimativas foram estratificadas por idade e sexo:

  • Em homens com 68 anos ou mais, hastes **sem cimento com colarinho** apresentaram melhor desempenho que hastes cimentadas.
  • Em mulheres com 75 anos ou mais, a relação se inverteu, com menores taxas de reoperação em hastes **cementadas polidas taper de aço inoxidável**.

Diferenças residuais em características dos pacientes podem influenciar a precisão das estimativas.[1][3]

Discussão e Implicações Clínicas

A subestimação de falhas terapêuticas pela métrica de revisão exclusiva destaca a necessidade de incluir reoperações maiores em avaliações de implantes. O NJR, o maior registro ortopédico mundial com mais de 3,7 milhões de procedimentos, confirma tendências de redução em taxas de revisão nos últimos anos, influenciadas por feedback clínico desde 2008 e declínio de implantes metal-metal.[1][2][9] Esses achados sugerem revisão das diretrizes atuais para implantes em pacientes idosos, priorizando designs adaptados por sexo e idade para minimizar morbidade e mortalidade.

Nível de Evidência: III (Estudo de coorte retrospectivo).[1]

Limitações e Considerações

Embora os dados do NJR sejam prospectivos e obrigatórios desde 2011 para o setor público, diferenças em casos e possíveis subnotificações de revisões (ex.: artrodeses ou amputações) podem afetar os resultados. Análises de outliers de implantes continuam a guiar escrutínio regulatório.[3][1]

Este estudo reforça a importância de registros nacionais como o NJR para inovação em ortopedia, promovendo práticas baseadas em evidências.[2][7][8]

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