Desenho do Implante, Idade e Sexo Influenciam Taxa de Reoperação em Artroplastia de Quadril
Entendendo o Impacto das Reoperações
A cirurgia de revisão de implantes é um procedimento comum após uma artroplastia total de quadril (ATQ), mas pode não capturar totalmente a experiência do paciente. Reoperações maiores, que não envolvem a troca dos implantes, também são significativas, especialmente quando ocorrem fraturas femorais ao redor do implante (fraturas periprotéticas pós-operatórias, POPFF). Essas fraturas são frequentemente tratadas com fixação, deixando o implante no lugar. A dependência de métricas que não incluem essas reoperações pode levar a uma subnotificação dos casos, afetando estimativas de desempenho dos implantes e influenciando políticas nacionais e escolhas clínicas.
Metodologia e Achados do Estudo
Um estudo de coorte nacional analisou dados do Registro Nacional de Articulações do Reino Unido, vinculados às Estatísticas de Episódios Hospitalares. Foram incluídas todas as ATQs primárias realizadas entre 2010 e 2020 com implantes de alta segurança. A reoperação foi definida como a primeira revisão por qualquer causa ou fixação de POPFF. Dos 372.967 casos analisados, 8.043 reoperações foram identificadas, com uma taxa de incidência de 3,78% por 1.000 anos de prótese. Em comparação, a taxa de revisão convencional foi de 3,00%. A incidência acumulada de reoperação em 10 anos foi de 3,1%, com variações significativas por idade e sexo.
Implicações Clínicas
Os resultados indicam que homens com 68 anos ou mais apresentaram melhores resultados com hastes sem colarinho e sem cimentação, enquanto mulheres com 75 anos ou mais tiveram melhores resultados com hastes cimentadas e polidas de aço inoxidável. Essas descobertas sugerem a necessidade de revisão das diretrizes atuais para implantes de quadril em pacientes idosos, destacando a importância de considerar idade e sexo na escolha do implante.
Este estudo, de nível de evidência III (estudo de coorte retrospectivo), reforça a importância de métricas mais abrangentes para avaliar o sucesso das ATQs, além de revisões de implantes. Para mais detalhes, consulte o estudo completo publicado no [boneandjoint.org.uk](https://boneandjoint.org.uk/Article/10.1302/1358-992X.2025.2.047).