Vacinas para Prevenir Infecções Sexualmente Transmissíveis Bacterianas: Promessa, Progresso e Potencial para a Saúde Pública
Por Sami L. Gottlieb, Helen Rees e Remco P. H. Peters
Desafios no Controlo de Gonorreia, Clamídia e Sífilis
A transmissão assintomática, o acesso desigual a diagnósticos e a crescente resistência antimicrobiana representam barreiras principais no controlo das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) bacterianas como gonorreia, clamídia e sífilis. Estas infecções desafiam o controlo tradicional, exigindo soluções inovadoras como vacinas.
Promessa e Avanços nas Vacinas
O desenvolvimento de vacinas contra estas ISTs bacterianas é uma prioridade de investigação global. No Reino Unido, uma vacina inédita contra gonorreia, baseada no imunizante 4CMenB (para meningite B), começou a ser administrada em 2024 a grupos de alto risco, como homens gays e bissexuais com histórico de múltiplos parceiros. Esta vacina demonstrou uma eficácia entre 32,7% e 42%, com potencial para prevenir mais de 100.000 casos nos próximos 10 anos. Estudos destacam a necessidade de investigação inovadora, desenvolvimento clínico acelerado e maior investimento para superar estes obstáculos.
Potencial para a Saúde Pública
As vacinas representam uma ferramenta poderosa para reduzir a transmissão destas ISTs, combatendo a resistência a antibióticos e promovendo a equidade em saúde. Embora as vacinas contra o HPV (vírus) já sejam bem-sucedidas, protegendo contra tipos cancerígenos em faixas etárias de 9 a 26 anos, o progresso nas vacinas bacterianas sinaliza um futuro promissor para estratégias integradas de prevenção.
Nota: Informações baseadas em evidências científicas atuais; consulte profissionais de saúde para orientações personalizadas. O desenvolvimento de vacinas continua em evolução, com limitações como eficácia parcial observadas em ensaios iniciais.