Wildfire-related PM<sub>2.5</sub> and respiratory transmitted disease among Chinese children and adolescents from 2008 to 2019: A retrospective study

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```html PM<sub>2.5</sub> Relacionado a Incêndios Florestais e Doenças Respiratórias Transmitidas em Crianças e Adolescentes Chineses (2008-2019): Um Estudo Retrospectivo

PM2.5 Relacionado a Incêndios Florestais e Doenças Respiratórias Transmitidas em Crianças e Adolescentes Chineses de 2008 a 2019: Um Estudo Retrospectivo

Por Li Chen, Rongbin Xu, Junqing Xie e colaboradores
Este artigo sintetiza os achados de um estudo retrospectivo abrangente que analisou a associação entre a exposição de curto prazo ao PM2.5 oriundo de incêndios florestais e a incidência e mortalidade por doenças respiratórias transmissíveis em crianças e adolescentes chineses, com base em dados nacionais de 2008 a 2019.[3][5]

Introdução e Contexto

A exposição ao PM2.5 (partículas finas com diâmetro aerodinâmico ≤ 2,5 μm) de incêndios florestais é reconhecida por causar mortes e doenças crônicas, mas seu impacto em infecções respiratórias, particularmente em crianças e adolescentes, permanece pouco caracterizado.[3][5] Com o aumento da frequência de incêndios devido às mudanças climáticas, esses eventos agravam a qualidade do ar na China, tornando-se uma fonte significativa de PM2.5.[1][2] Este estudo buscou avaliar de forma abrangente a relação entre exposição de curto prazo ao PM2.5 relacionado a incêndios e a incidência e mortalidade por 10 doenças respiratórias transmissíveis em indivíduos de 4 a 24 anos.[3]

Métodos

Dados diários de casos incidentes e de mortalidade por doenças respiratórias transmissíveis foram obtidos do China Information System for Disease Control and Prevention, abrangendo 501 cidades de 2008 a 2019, totalizando 6.089.271 casos incidentes e 1.034 óbitos.[3][5] As concentrações diárias de PM2.5 relacionado a incêndios foram estimadas por modelos de machine learning e transporte químico com resolução espacial de 0,25° × 0,25°.[3] Utilizou-se um delineamento de caso-cruzado estratificado por tempo com regressão logística condicional, ajustando por temperatura, umidade relativa, precipitação e PM2.5 total.[3]

Principais Resultados

Cada aumento de 5 μg/m³ na média de lag 0-28 dias (dia atual e 28 anteriores) de PM2.5 relacionado a incêndios associou-se a um aumento de 6,8% (IC95%: 5,0%-8,7%) na taxa diária de incidência de doenças respiratórias transmissíveis — efeito maior que o de 1,2% (IC95%: 1,0%-1,4%) para o mesmo aumento de PM2.5 não relacionado a incêndios.[3][5] Especificamente, observaram-se aumentos de 28,6% (IC95%: 21,0%-36,8%) na incidência de influenza sazonal, 5,2% (2,3%-8,3%) para escarlatina, 12,6% (9,5%-15,8%) para rubéola e 13,6% (5,6%-22,2%) para sarampo.[3]

Embora o PM2.5 de incêndios represente apenas 2,7% do total, contribui com 10,8% dos casos associados ao PM2.5 em geral. Em áreas com concentração anual <1,5 μg/m³, essa proporção atinge 29,7%.[3] Estudos complementares confirmam que partículas de incêndios são mais tóxicas, infiltrando-se mais profundamente nos pulmões e elevando riscos cardiovasculares e respiratórios.[2]

Discussão e Limitações

Os achados destacam o risco desproporcional do PM2.5 de incêndios, mesmo em baixas concentrações, reforçando a necessidade de políticas de gerenciamento de incêndios e controle de emissões.[1][2][3] Limitações incluem possível confusão por uso de médias municipais como proxy de exposição individual e não ajuste por alguns confundidores potenciais.[3] Os dados são específicos da China, com padrões de incêndios e poluição que podem diferir globalmente, embora evidências globais mostrem padrões semelhantes de PM2.5 de incêndios em regiões tropicais e boreais.[4]

Implicações

Esses resultados enfatizam a urgência de medidas preventivas, como redução de combustíveis florestais e monitoramento aprimorado, especialmente em regiões vulneráveis como o centro-sul e planície do norte da China.[1][2] Para crianças e adolescentes, populações sensíveis, tais intervenções podem mitigar significativamente a carga de doenças transmissíveis.[3]

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